Então que resolvemos aproveitar o feriado da Semana Santa, pegamos o carro e caímos na estrada. Costanera e Ruta 5 Sur atéééééé nosso destino.
Fomos até Puerto Montt, cidade ao sul do Chile (cerca de 1000km de Santiago). Saímos na quinta, por volta das 15h, dormimos em Los Angeles e, sexta-feira, já no circuito dos lagos, aproveitamos para conhecer um pouco da Ruta de Los Lagos (Llanquihue y Todos los Santos). Há uma avenida que circunda todo o LLanquihue e dá para fazer todo o circuito em um dia, parando para visitar as muitas cidadezinhas, cachoeiras, miradores e claro, as grandes estrelas da região, os vulcões. Só para ter uma idéia, o Chile possui 69 vulcões, 36 dos quais ativos e, 12 só na região de los Lagos. É… No Llanquihue, temos acesso a três deles: Osorno, Cabulco (ativos) e Puntiagudo (inativo).
Antes de irmos para Purto Montt, resolvemos parar em Frutillar, colônia alemã beeem na beira do lago, simplesmente linda! Casinhas de madeira, com a arquitetura alemã, restaurantes de comida típica e, nos tradicionais kioskos, em vez das empanadas e queques… küchens, Wursts e cerveja! Tudibom. Chegamos com o dia nublado, mal dava para ver o outro lado do lago, mas depois que almoçamos no Club Alemán, o sol deu uma saída e nos proporcionou fotos legais.
Em matéria de artesanato, não vimos nada de interessante, não. Até porque era sexta-feira da paixão e só uma lojinha estava aberta, ou seja, nem deu para comparar preços, mas do que ví, já valia a pena (Apesar de Amore discordar com veemencia rsss).
Demos uma caminhada pela cidade, descobrimos o Teatro Del Lago (um teatro de madeira flutuante) – uma das construções mais bonitas que já vimos. Não tivemos chance de entrar, mas o que vimos por fora nos deixou boquiabertos.
Club Alemán de Frutillar… Um dos melhores restaurantes de comida alemã que conheci.
Uma escola de Frutillar
Teatro del Lago.
Saímos de Frutillar e fomos para nosso destino: Puerto Montt.
Como o próprio nome diz, Puerto Montt é um porto e sua principal fonte de renda é a pesca, principalmente o salmão das águas geladas dos rios e lagos e os zilhões de mariscos do mar. Para quem curte, prato cheio!
A cidade em sí não tem lá muitos atrativos e, como estamos num outono beeem frio, a partir das 17h, as casas acendem as lareiras e, às 19h, é impossível andar ao ar livre – o cheiro de madeira queimada toma conta da cidade. Uma pena. Saímos para dar uma caminhada, ver o artesanato local e visitar o Mercado Angelmó (Colônia de pescadores) mas, não deu. Meia hora depois estávamos “defumados” e com os olhos ardendo. Ciça comeu uma Soipapilla no mercado, Amore se encantou por uma centolla, mas só ficou no namoro mesmo!
Barquinhos fofos, ao fim do dia.
O porto, com um dos vulcões ao fundo.
Sábado pela manhã acordamos cedo com a grata temperatura de 1 grau (brincadeira, tava frio MESMO) e fomos direto para Puerto Varas, a segunda maior cidade da região. Também de colonização alemã, a cidade é uma fofura. Fica à beira do lago e, foi nosso ponto de partida para o circuito dos lagos.
Primeira parada: Puerto Varas. Mais uma cidade de colonização alemã, mas mais discreta que a irmã Frutillar.
No topo do mundo!!!
Panoramica do lago.
Na estação de esqui.
O topo da cratera e um monumento aos alpinistas mortos.
Ciça e eu decidimos subir no teleférico até o topo do vulcão e a viagem inteira dura 1:30h e faz MUITO frio. Principalmente no segundo trecho que vai até o topo. Mamãe aqui se preocupou com a Ciça (gorro, luva e cachecol) e se esqueceu do próprio e, não conseguimos ficar muito tempo lá em cima, infelizmente. Mas os poucos minutos valeram muito a pena.
Descemos e seguimos viagem para Petrohué, para conhecer os saltos de Petrohué e o Lago de Todos los Santos. O rio é lindo e o lago idem, mas, depois do vulcão e de conhecer alguns dos maiores rios e quedas d’água do mundo Brasil, não achamos muita graça, não.
Voltamos a Puerto Montt e fomos jantar no Horno del Peppe. Casa de carnes deliciosas, com decoração ímpar e atendimento impecável.
Domingo de Páscoa, acordamos cedo e voltamos pra casa =) Aqui no Chile, em vez dos grandes (e caros) ovos de Páscoa que temos no Brasil, o que mais se encontra são os coelhinhos de chocolate (de várias cores, procedência, tamanhos e marcas – Lindt, Dove, Mars, Guillián) e caixinhas de mini-ovinhos de várias marcas, cores e sabores. O Coelhinho também passa por aqui, deixando seus ovinhos e a Ciça adorou seu KinderOvo (detalhe, pagamos 1/3 do preço do ovo no Brasil. E o ovo era Made in Brasil – vai entender?)
O legal de fazer esta viagem de carro é acompanhar como a paisagem vai mudando aos poucos… No sul, florestas, bosques, pinheiros, álamos e muitos rios. À medida que vamos chegando ao norte, a paisagem vai mudando, os rios secando e a vegetação desértica reina.
Passeio mega-recomendado!!!
E que venha a próxima viagem, folks!